Perda de memória: quando é normal e quando devo me preocupar?

Esquecer momentaneamente de algo é uma experiência totalmente comum compartilhada entre as pessoas, principalmente se o motivo para isso foi a preocupação, ou falta de atenção com relação aquilo que estávamos fazendo.

Contudo, à medida que vamos envelhecendo, os lapsos de memória acabam aparecendo com mais frequência, e como consequência as pessoas e seus familiares começam a se preocupar com os problemas de saúde e se perguntar quando esses lapsos devem acender um sinal de alerta?

Se você, assim como eu, tem preocupação com a sua memória e dos seus familiares, é realmente importante saber qual é o momento certo de começar a se preocupar e procurar ajuda, afinal, o que não podemos fazer é negligenciar os cuidados.

O que causa a perda de memória?

Assim como um músculo, o cérebro demanda exercícios frequentes para preservar sua agilidade, e há diversas maneiras de alcançar esse objetivo. No entanto, mesmo ao dedicar-se a quebra-cabeças e atividades desafiadoras, outros elementos podem apresentar desafios.

Fatores biológicos, muitos deles fora do nosso controle, podem desacelerar a resposta da memória com o avanço da idade. A área cerebral responsável pela criação e recuperação de memórias, conhecida como hipocampo, vai gradualmente se desgastando com o tempo, refletindo o processo natural de envelhecimento muscular.

A aptidão mental também é influenciada por hormônios e proteínas essenciais para a reparação e desenvolvimento das células cerebrais, cuja produção diminui com o passar dos anos. Além disso, a redução do fluxo sanguíneo para o cérebro durante o envelhecimento pode impactar negativamente a memória e as habilidades cognitivas.

Existem, no entanto, fatores externos que podem contribuir para a perda de memória, os quais não estão estritamente relacionados à idade. Estes incluem o uso de medicamentos, lesões leves na cabeça, distúrbios emocionais, alcoolismo, deficiência de vitamina B-12, hipotireoidismo e doenças cerebrais. Embora todas essas condições médicas sejam passíveis de tratamento, é fundamental identificar a causa subjacente antes de presumir imediatamente que a perda de memória está relacionada à demência.

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Quando a perda de memória é normal?

Agora que temos um entendimento mais profundo sobre o que pode causar a perda de memória e do esquecimento, podemos começar a falar sobre quando não há motivo para preocupação com lapsos de memória.

Vamos considerar um exemplo: Se você deixou as chaves do carro em algum lugar e não consegue encontrá-las, não há razão para se preocupar, afinal, esses esquecimentos normalmente estão ligados a falta de atenção ou estresse.

Situações como esquecer temporariamente o nome das pessoas ou trocar os nomes dos filhos (ou, caso seja minha mãe, até confundir o nome do filho com o do cachorro antes de chegar ao nome certo) são comuns e não necessitam de preocupação.

Se encontrar dificuldades em se concentrar em uma tarefa de cada vez ou entrar em uma sala sem se lembrar do motivo, ainda não é motivo para se preocupar. É importante lembrar que a privação de sono pode contribuir para mais lapsos de memória de curto prazo.

Todos esses cenários, e muitos outros, fazem parte do processo normal de envelhecimento. Em vez de ficar ansioso, é importante reconhecer esses episódios como parte natural da experiência comum do envelhecimento.

Quando devo me preocupar?

Você deve começar a se preocupar e procurar um especialista o mais rápido possível quando os problemas de memória começam a impactar significativamente sua capacidade de realizar as atividades normais do dia-a-dia.

Vamos voltar ao exemplo anterior, de esquecer a chaves do carro, como dito anteriormente, esquecer onde colocou a chaves não é um problema, mas não se lembrar para que servem as chaves, aí sim, isto pode indicar que algo não está normal.

Para tentar simplificar sua vida, vamos listar 10 sinais que geralmente são considerados alarmantes, onde, caso seja identificado ao menos um deles, já é extremamente aconselhável agendar uma consulta médica o mais rápido que puder:

  1. Perda de memória que interfere na rotina diária;
  2. Dificuldades no planejamento ou resolução de problemas;
  3. Complicações na execução de tarefas familiares;
  4. Confusão em relação ao tempo ou lugar;
  5. Dificuldade em compreender imagens visuais e relações espaciais;
  6. Novos problemas com a expressão oral ou escrita;
  7. Desorganização e incapacidade de retraçar passos;
  8. Diminuição do discernimento;
  9. Retirada do trabalho ou atividades sociais;
  10. Alterações no humor e na personalidade.

Não desconsidere a importância de consultar um médico o mais rápido possível ao identificar qualquer um deste sinais. Lembre-se que a detecção precoce pode abrir caminho para diversos tratamentos que podem não estar disponíveis em estágios mais avançados do problema.

Ricardo

Administrador, analista SEO e chefe de redação, atuando frente aos conteúdos mais acessados do país.

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