Estamos vivendo em uma era em que praticamente todo o mercado de trabalho será impactado pela automação e implementação da Inteligência Artificial. Com a chegada de novas tecnologias que vão entrar no lugar de pessoas, estamos falando na possibilidade de muitos trabalhadores perderem suas ocupações.
Esse é um tema clássico, que está em volta de muitas discussões, mas que não pode ser ignorado, afinal de contas, a chegada da Inteligência Artificial, por exemplo, coloca em risco o que vários trabalhadores podem fazer, devido à alta capacidade dessa tecnologia em executar ações que nós humanos levamos muito mais tempo.
Por exemplo, a Amazon, já vem testando o ChatGPT para trabalhar como suporte ao cliente, onde, a empresa classificou que a tecnologia fez um “trabalho muito bom” ao responder às perguntas de suporte ao cliente, é “ótimo” na criação de documentos e treinamentos.
Outro exemplo é gigantesca empresa britânica de telecomunicações BT Group, que citou que a IA vai assumir o papel de muitos funcionários, e anunciou o corte de vários empregos desde os primeiros dias de janeiro de 2024, dos quais a empresa alegou que é um caminho sem volta.
É importante lembrar que a chegada de novas tecnologias também abre portas para quem busca se capacitar, haja vista que, com novas tecnologias, novas profissões vão surgindo, logo, a dica prática para não ser prejudicado, é buscar se atualizar e capacitar frequentemente, atendendo as novas demandas do mercado.
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Devido ao desenvolvimento e rápida ascensão da Inteligência Artificial (IA), claramente muitas profissões já estão em risco iminente de sofrerem impactos pela nova tecnologia, em especial:
A influência do ChatGPT e tecnologias semelhantes está se tornando evidente em diversos campos da mídia, abrangendo desde publicidade e redação técnica até jornalismo. Especialistas destacam ainda que a capacidade da IA em ler, escrever e compreender dados textuais pode afetar significativamente essas profissões.
A análise e interpretação extensiva de dados baseados em linguagem são habilidades que as tecnologias generativas de IA estão desenvolvendo, conforme apontam especialistas. Em um artigo de opinião no New York Times, Paul Krugman sugere que o ChatGPT pode desempenhar tarefas como reportagem e redação de maneira potencialmente mais eficiente do que os humanos.
Embora alguns veículos de mídia já tenham experimentado a geração de conteúdo por IA, especialistas enfatizam que grande parte do trabalho dos criadores de conteúdo não é facilmente automatizável devido à necessidade de julgamento humano envolvido nessas ocupações.
O impacto da IA generativa também se estende aos trabalhadores jurídicos, conforme relatório da Goldman Sachs. Muitos especialistas destacam que as funções jurídicas, como assistentes jurídicos, que envolvem a síntese de grandes volumes de informações, são suscetíveis à automação.
Ainda é possível observar que, assim como em trabalhos de mídia, as funções orientadas para a linguagem no setor jurídico são propensas à automação devido à natureza estruturada dos dados. No entanto, a automação completa não é possível, pois requer um discernimento humano para compreender as intenções de clientes ou empregadores.
A habilidade da IA em analisar dados e prever resultados torna os analistas de pesquisa de mercado passíveis de mudanças impulsionadas pela IA. Esses profissionais são responsáveis por coletar dados, identificar tendências e usar essas informações para elaborar estratégias de marketing ou decidir sobre a colocação de publicidade.
A inteligência artificial já está apta a lidar com tarefas desse tipo, aproveitando sua capacidade de análise de dados. No entanto, ressalta-se que a experiência humana e o julgamento continuam a ser elementos essenciais nesse campo.
A possibilidade de os alunos utilizarem o ChatGPT para plágio preocupa os professores, alguns especialistas alertam que os próprios empregos dos professores podem estar em questão. Isso porque o ChatGPT já tem a capacidade de ministrar aulas, e melhorias podem ser facilmente implementadas com treinamento adicional.
Apesar disso, professores da área de tecnologia alegam que a conexão humana no ensino presencial é insubstituível, indicando que a tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa, mas não um substituto completo.
Assim como os analistas de pesquisa de mercado, trabalhos financeiros que envolvem manipulação intensiva de dados numéricos podem ser afetados pela IA. A IA é eficaz na identificação de tendências de mercado, na avaliação de portfólios de investimentos e na comunicação dessas informações.
Embora essas ocupações possam ser altamente lucrativas, é importante destacar que partes específicas do trabalho podem ser automatizadas, enfatizando a importância contínua da expertise humana em finanças pessoais.
A introdução do DALL-E, uma ferramenta de IA capaz de gerar imagens em segundos, é apontada como um possível agente disruptivo na indústria do design gráfico. Professores da Harvard Business Review destacam que capacitar milhões de pessoas na criação e manipulação de imagens terá um impacto profundo na economia, reconhecendo que a adaptação a essas mudanças pode ser desafiadora.
O economista Carl Benedikt Frey, da Universidade de Oxford, contrapõe, afirmando que ferramentas de IA, como o ChatGPT, podem, na verdade, auxiliar profissionais criativos, como artistas e designers gráficos, na produção de trabalhos de qualidade superior. Ele expressa mais preocupação com o impacto nos salários, ressaltando a importância da democratização e competição.
Embora a contabilidade seja geralmente considerada uma profissão estável, os profissionais desse setor também podem enfrentar riscos devido à evolução tecnológica. Brett Caraway, professor associado da Universidade de Toronto, destaca que a tecnologia já impactou algumas áreas de emprego, especialmente aquelas envolvidas em trabalhos intelectuais, como advogados e contadores.
Caraway observa que a introdução de novas tecnologias pode ser disruptiva e desafiadora para o emprego e a política associados a essas profissões tradicionais.
A interação com departamentos de atendimento ao cliente que utilizam respostas automáticas já é uma realidade comum. A tendência de implementação de chatbots, como o ChatGPT, pode continuar crescendo, conforme apontado por um estudo da Gartner em 2022, que prevê que os chatbots se tornarão o principal canal de atendimento ao cliente para cerca de 25% das empresas até 2027.
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