As pessoas que ingressam em uma faculdade estão motivadas pelo sonho de seguir carreira em algo que verdadeiramente gostam, com perspectivas de ao término do curso, conseguir um bom emprego estável e com bons salários, dando início a uma carreira de sucesso.
No entanto, mudanças no mercado de trabalho, excesso de profissionais, baixas ofertas de emprego acabam trazendo impactados negativos para recém-formados que enfrentam novas dificuldades como o desemprego após a conclusão do seu curso.
Nos últimos anos, o desemprego vem se agravando entre os jovens que acabaram de se formar. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos passou dos 30%.
No caso dos jovens que se formaram nos últimos 3 anos, o cenário é ainda mais preocupante. Conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), cerca de 40% dos jovens que se formem no nível superior, estão desempregados ou subutilizados no mercado de trabalho.
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Profissões com mais desemprego entre recém-formados
O último levantamento sobre profissões com maior índice de desemprego foi publicado pela empresa norte-americana H&R Block, que identificou quais são os cursos com mais chances de emprego para recém-formados.
No entanto, através dos dados levantados, foi possível identificar as 10 piores carreiras universitárias quando o assunto é emprego para recém-formados. Com base na pesquisa as profissões com maior índice de desemprego para jovens que acabaram de se formar são:
- Antropologia e Arqueologia;
- Cinema, Vídeo e Fotografia;
- Belas Artes;
- Filosofia e Teologia;
- Artes Liberais;
- Música;
- Educação Física e Recreação;
- Artes Comerciais e Design Gráfico;
- História; e
- Letras e Literatura Inglesa.
Motivos do alto desemprego entre recém-formados
Diversos fatores contribuem para o aumento do desemprego entre os jovens recém-formados. Em primeiro lugar, a crise econômica que assola o país nos últimos anos impacta diretamente a oferta de empregos, especialmente para essa faixa etária. Adicionalmente, observa-se uma valorização da experiência profissional em detrimento da formação acadêmica por parte de muitos empregadores, dificultando a inserção dos recém-formados no mercado de trabalho.
Outro aspecto relevante é a escassez de oportunidades em áreas específicas. De acordo com o IPEA, há uma concentração de vagas em setores como administração, direito e engenharia, enquanto campos como as artes e as ciências sociais oferecem menos chances de emprego.
Diante desse cenário, torna-se imperativo a implementação de políticas públicas destinadas a estimular a geração de empregos para os jovens. Isso inclui programas de incentivo ao empreendedorismo e políticas de capacitação profissional. Adicionalmente, é fundamental uma maior valorização da formação acadêmica nas decisões de contratação, especialmente para os recém-formados.
Em resumo, o desemprego entre os jovens demanda a adoção urgente de medidas tanto por parte das autoridades quanto dos empregadores. Somente assim será possível assegurar um futuro mais promissor para essa geração, essencial para o desenvolvimento do país.
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