À medida que nos aproximamos da próxima década, o panorama profissional global está prestes a sofrer uma transformação drástica, impulsionada pela automação e pela inteligência artificial (IA), segundo o Relatório sobre o Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial.
Estima-se que 85 milhões de postos de trabalho sejam eliminados até 2025, enquanto, simultaneamente, surgirão 97 milhões de novas oportunidades de emprego. Este avanço vertiginoso em tecnologias como realidade virtual, IA e robótica avançada está moldando um futuro onde o crescimento econômico e a produtividade se aliam à melhoria dos padrões de vida.
No entanto, este processo de transformação implica numa “destruição criativa”, onde postos de trabalho em determinados setores são extintos, enquanto outros, exigindo novas habilidades, são criados.
A revolução digital está reconfigurando o cenário do emprego de maneira drástica, com uma tendência de automação de tarefas manuais e cognitivas rotineiras, o que resulta na extinção de alguns postos de trabalho, especialmente aqueles menos qualificados. Em contrapartida, surge a necessidade de funções que demandem competências sociais e cognitivas avançadas, gerando oportunidades em áreas mais produtivas e inovadoras.
Para se manter relevante neste novo contexto, será essencial focar em aspectos estratégicos e de interação humana, habilidades estas que as máquinas ainda não conseguem replicar. A visão de um futuro profissional envolve colaboração com robôs, enquanto os humanos se dedicam a tarefas criativas e sensíveis.
É desafiador prever com precisão o que o futuro nos reserva, mas analisando 11 possíveis profissões que emergirão no horizonte, conseguimos vislumbrar como as tendências atuais podem evoluir e moldar o mercado de trabalho nas próximas décadas. Quem sabe, talvez um desses empregos seja o seu no futuro – se você começar a se preparar para isso desde já.
Em todos os níveis – individual, departamental e corporativo – a busca incessante pela eficiência se torna cada vez mais crucial. Raj Narayanaswamy, cofundador e co-CEO da Replicon, uma pioneira em soluções de gerenciamento de força de trabalho baseadas em conhecimento, destaca a importância de posições executivas em organizações de diversos portes. “Aqueles em posições de liderança precisam estar à vontade para manipular dados e fornecer orientações estratégicas para elevar os níveis de produtividade”, ele ressalta.
Julie Austin, escritora e futurista, sugere que, no intuito de potencializar a produtividade, as empresas explorarão maneiras de monetizar ativos não utilizados, como alugar espaços ou equipamentos excedentes. Um intermediário de recursos ociosos seria responsável por avaliar a empresa, identificar recursos subutilizados e conectar-se com entidades interessadas em adquiri-los.
Imagine a conveniência de enviar encomendas sem sair do trabalho. Com a ascensão dos caminhões autônomos e drones de entrega, essa parece ser a direção futura do setor de transportes. Zach Howard, gerente de desenvolvimento de negócios da Nonstop Brokerage Inc., aponta que, enquanto a demanda por motoristas de caminhão tende a diminuir, surgirá uma nova necessidade por operadores remotos de drones.
Segundo ele, esses dispositivos serão em breve parte integrante do padrão tecnológico, e as empresas de entrega precisarão contratar e treinar operadores proficientes para gerenciar sua frota de drones de última geração.
Com o aumento do uso de drones, torna-se imperativo que as empresas administrem seus próprios sistemas de controle de tráfego aéreo, que muitas vezes podem abranger diversas jurisdições estaduais ou até internacionais. Essa função demandaria a negociação e cooperação contínua com governos, autoridades locais e outras partes interessadas.
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Jim Lebret, Diretor Médico Sênior do Mount Sinai Health System e Diretor de líderes de equipe de código no Hospital Bellevue em Nova Iorque, observa que, com a transição para um modelo de saúde baseado em valor, surge uma demanda significativa por assistentes, defensores e conselheiros no setor de saúde. “Há alguns anos, a figura do médico assistente e do enfermeiro especializado nem existia, e agora continuamos vendo o surgimento de novos papéis”, ele comenta.
Um conselheiro médico seria uma pessoa capaz de fazer acompanhamento pós-consulta, assegurando que os pacientes sigam as orientações médicas em relação a exercícios, dieta ou medicação, e auxiliando-os a superar obstáculos que possam impedir seu sucesso no tratamento.
Embora os automóveis autônomos possam vir a substituir uma série de empregos, como motoristas de táxi e entregadores, eles também abrirão novas oportunidades, conforme aponta Austin. Contudo, esses veículos não se consertarão sozinhos, mantendo os mecânicos relevantes no mercado – ao menos a curto prazo. O profissional mecânico do futuro precisará reunir habilidades mecânicas tradicionais e uma facilidade em se adaptar e trabalhar em um ambiente tecnológico em constante evolução.
Considerando um futuro em que carros autônomos, drones e pranchas voadoras se tornem parte do cotidiano, será essencial contar com profissionais capacitados para gerenciar esse novo tipo de tráfego. Segundo Austin, esses especialistas terão a responsabilidade de integrar veículos autônomos aos sistemas de transporte existentes e monitorar sua performance e segurança operacional.
Com o avanço da tecnologia, os ataques cibernéticos tornam-se cada vez mais frequentes e sofisticados. Kayne McGladrey, Diretor de Segurança da Informação da Pensar Development, ressalta a necessidade de profissionais dedicados a desenvolver estratégias defensivas contra ameaças digitais.
O analista de segurança cibernética teria como função principal identificar padrões e características comuns entre diferentes tipos de ameaças digitais, contribuindo assim para a proteção das redes e sistemas corporativos.
Conforme destaca Charles Grantham, professor do Community Design Institute, esse profissional teria o papel de ensinar as pessoas a utilizar de forma plena o leque de tecnologias disponíveis, visando melhorar a qualidade de vida.
O facilitador de integração humano-tecnologia, com uma forte base em TI, adotaria uma abordagem holística para analisar as diversas tecnologias utilizadas no trabalho e no dia a dia, buscando otimizar o uso de dispositivos e plataformas para incrementar a produtividade e o bem-estar dos usuários.
À medida que a tecnologia de realidade virtual avança e sua demanda cresce, surge a necessidade de programadores e designers especializados para criar esses novos mundos virtuais. Andrew Selepak, Ph.D. e professor do Departamento de Telecomunicações da Universidade da Flórida, destaca a importância de formar e capacitar um número crescente de profissionais para atuar nesta área, projetando e desenvolvendo aplicações de realidade virtual e realidade aumentada para os mais variados fins.
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